Gestão Empresarial
Como planejar melhor o orçamento da empresa em 2010?
Com um bom orçamento sua empresa projeta receitas, custos e despesas - cálculo fundamental para o planejamento e a sanidade financeira do negócio ao longo do ano. "O orçamento permite ao empresário traçar objetivos e metas, acompanhar periodicamente os resultados gerais e promover os ajustes necessários para manter o empreendimento nos trilhos", afirma o consultor Kenzo Otsuka, da Trevisan.
Para ajudá-lo nas projeções, o especialista revela o beabá de um bom planejamento orçamentário:
1- Planejamento geral
Comece com a análise de mercado. Procure identificar necessidades não atendidas que possam se transformar em oportunidade de negócios.
Para isso, avalie seus produtos ou serviços, preços, perfil da clientela, da concorrência e também possíveis riscos a curto e a longo prazo.
Leve em conta, também, o histórico de vendas e perspectivas para o cenário econômico. Pronto, agora você já tem subsídios para definir metas para as vendas e a produção.
Objetivos traçados, avalie se sua estrutura é suficiente para a empreitada. Caso não seja, planeje as medidas necessárias para ajustá-la, com eventuais contratações, compra de máquinas e equipamentos ou realização de reformas.
Por fim, se necessário, avalie fontes de financiamento tanto para eventuais investimentos, como para reforço do capital de giro.
2- Entradas de caixa
Com base nas metas definidas e nos preços de cada linha de produtos ou serviços, estime a receita bruta e os impostos sobre as vendas, mês a mês, para o período de um ano.
Nas projeções, vale a pena prever dois cenários: um otimista, com faturamento acima do esperado, e um pessimista, com receita inferior às expectativas.
A medida permite planejar, por exemplo, cortes de custos, se o desempenho do negócio deixar a desejar, ou a busca de novos fornecedores - se a demanda superar as previsões. O importante é não ser pego de surpresa.
3- Custos e despesas
Estime os custos e as despesas operacionais, mês a mês, para um período de 12 meses, com base nas projeções de vendas e produção do seu negócio.
Para maior controle, divida as saídas de caixa por categorias, como, por exemplo, salários e encargos, aluguéis, serviços de terceiros, matérias-primas, energia e impostos.
No caso do pagamento das comissões aos vendedores, faça as previsões na forma de percentuais sobre a receita - e não em valores absolutos -, já que a quantia vai variar de acordo com as vendas.
Cinco dicas para organizar melhor seu fluxo de caixa
Desde 1992, a empresária Teresinha de Paula, dona do bufê Teras, de São Paulo, atualiza diariamente seu fluxo de caixa com projeções para os 90 dias seguintes.
"Se acompanho de perto as receitas e despesas, calculo melhor os custos e o volume das compras para não acabar no banco, atrás de crédito para capital de giro", diz.
Segundo ela, o controle minucioso das entradas e saídas foi essencial para que sua empresa ganhasse fôlego para trocar a cozinha de casa por uma sede independente.
"É preciso um fluxo de caixa estruturado para crescer", diz ela. E é mesmo. Afinal, o acompanhamento das contas a pagar e a receber é fundamental não só para calcular o capital de giro como também para defini r, da melhor forma possível, as datas adequadas para pagamentos, recebimentos, retirada de lucros e pró-labore e realização de promoções para desova de estoques.
Você pode montar o fluxo de caixa com planilhas de Excel, softwares de gestão financeira ou até manualmente. Seja qual for a forma escolhida, é importante ficar atento a alguns procedimentos. Confira:
1 - Projete seu fluxo de caixa para um período mínimo de três meses. Para cada dia você registra o saldo inicial (valor em caixa registrado na data), entradas, saídas, saldo operacional (valor das entradas menos as saídas na respectiva data) e saldo final (soma do saldo inicial e do operacional).
2 - Registre separadamente as entradas e saídas previstas e efetivas, discriminando a origem das receitas e o destino das despesas. Nas entradas de caixa, faça a distinção das diversas formas de recebimento, como dinheiro, cheque pré-datado, duplicatas e cartão de crédito.
Nas saídas, leve em conta itens como impostos, pagamentos a fornecedores, pró-labore, salários, comissões a vendedores, encargos sobre a folha de pagamento, contas de água, luz e telefone, gastos com propaganda e marketing, despesas bancárias, aluguel, honorários do contador, pagamento de outros serviços, despesas com veículos, material de escritório, equipamento e financiamentos. Isso permite controlar cada centavo gasto, assim como tudo o que entra no caixa.
3 - Na sua previsão de três meses, de nada adianta se munir de um fluxo de caixa se você não alimentá-lo com números realistas. "Um dos erros mais comuns é a estimativa exagerada das vendas", diz o consultor financeiro Ari Rosollem, do SEBRAE São Paulo.
Para não cair na armadilha, é importante analisar com cuidado a carteira de clientes, o histórico do caixa da empresa, fatores sazonais e dados do mercado.
4 - Dê bastante atenção aos extratos bancários para não contabilizar como dinheiro em conta cheques devolvidos ou pagamentos não realizados.
A medida tem outra vantagem: só com acompanhamento detalhado das contas a receber é possível agilizar a cobrança dos clientes em atraso para minimizar a necessidade de capital de giro.
5 - Embora algumas empresas calculem o fluxo de caixa em períodos semanais, especialistas recomendam a apuração diária. "O período semanal pode esconder saldos negativos em determinados dias no decorrer da semana", diz o consultor Rosollem.
Fonte: Da Redação Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Como planejar melhor o orçamento da empresa em 2010?
Com um bom orçamento sua empresa projeta receitas, custos e despesas - cálculo fundamental para o planejamento e a sanidade financeira do negócio ao longo do ano. "O orçamento permite ao empresário traçar objetivos e metas, acompanhar periodicamente os resultados gerais e promover os ajustes necessários para manter o empreendimento nos trilhos", afirma o consultor Kenzo Otsuka, da Trevisan.
Para ajudá-lo nas projeções, o especialista revela o beabá de um bom planejamento orçamentário:
1- Planejamento geral
Comece com a análise de mercado. Procure identificar necessidades não atendidas que possam se transformar em oportunidade de negócios.
Para isso, avalie seus produtos ou serviços, preços, perfil da clientela, da concorrência e também possíveis riscos a curto e a longo prazo.
Leve em conta, também, o histórico de vendas e perspectivas para o cenário econômico. Pronto, agora você já tem subsídios para definir metas para as vendas e a produção.
Objetivos traçados, avalie se sua estrutura é suficiente para a empreitada. Caso não seja, planeje as medidas necessárias para ajustá-la, com eventuais contratações, compra de máquinas e equipamentos ou realização de reformas.
Por fim, se necessário, avalie fontes de financiamento tanto para eventuais investimentos, como para reforço do capital de giro.
2- Entradas de caixa
Com base nas metas definidas e nos preços de cada linha de produtos ou serviços, estime a receita bruta e os impostos sobre as vendas, mês a mês, para o período de um ano.
Nas projeções, vale a pena prever dois cenários: um otimista, com faturamento acima do esperado, e um pessimista, com receita inferior às expectativas.
A medida permite planejar, por exemplo, cortes de custos, se o desempenho do negócio deixar a desejar, ou a busca de novos fornecedores - se a demanda superar as previsões. O importante é não ser pego de surpresa.
3- Custos e despesas
Estime os custos e as despesas operacionais, mês a mês, para um período de 12 meses, com base nas projeções de vendas e produção do seu negócio.
Para maior controle, divida as saídas de caixa por categorias, como, por exemplo, salários e encargos, aluguéis, serviços de terceiros, matérias-primas, energia e impostos.
No caso do pagamento das comissões aos vendedores, faça as previsões na forma de percentuais sobre a receita - e não em valores absolutos -, já que a quantia vai variar de acordo com as vendas.
Cinco dicas para organizar melhor seu fluxo de caixa
Desde 1992, a empresária Teresinha de Paula, dona do bufê Teras, de São Paulo, atualiza diariamente seu fluxo de caixa com projeções para os 90 dias seguintes.
"Se acompanho de perto as receitas e despesas, calculo melhor os custos e o volume das compras para não acabar no banco, atrás de crédito para capital de giro", diz.
Segundo ela, o controle minucioso das entradas e saídas foi essencial para que sua empresa ganhasse fôlego para trocar a cozinha de casa por uma sede independente.
"É preciso um fluxo de caixa estruturado para crescer", diz ela. E é mesmo. Afinal, o acompanhamento das contas a pagar e a receber é fundamental não só para calcular o capital de giro como também para defini r, da melhor forma possível, as datas adequadas para pagamentos, recebimentos, retirada de lucros e pró-labore e realização de promoções para desova de estoques.
Você pode montar o fluxo de caixa com planilhas de Excel, softwares de gestão financeira ou até manualmente. Seja qual for a forma escolhida, é importante ficar atento a alguns procedimentos. Confira:
1 - Projete seu fluxo de caixa para um período mínimo de três meses. Para cada dia você registra o saldo inicial (valor em caixa registrado na data), entradas, saídas, saldo operacional (valor das entradas menos as saídas na respectiva data) e saldo final (soma do saldo inicial e do operacional).
2 - Registre separadamente as entradas e saídas previstas e efetivas, discriminando a origem das receitas e o destino das despesas. Nas entradas de caixa, faça a distinção das diversas formas de recebimento, como dinheiro, cheque pré-datado, duplicatas e cartão de crédito.
Nas saídas, leve em conta itens como impostos, pagamentos a fornecedores, pró-labore, salários, comissões a vendedores, encargos sobre a folha de pagamento, contas de água, luz e telefone, gastos com propaganda e marketing, despesas bancárias, aluguel, honorários do contador, pagamento de outros serviços, despesas com veículos, material de escritório, equipamento e financiamentos. Isso permite controlar cada centavo gasto, assim como tudo o que entra no caixa.
3 - Na sua previsão de três meses, de nada adianta se munir de um fluxo de caixa se você não alimentá-lo com números realistas. "Um dos erros mais comuns é a estimativa exagerada das vendas", diz o consultor financeiro Ari Rosollem, do SEBRAE São Paulo.
Para não cair na armadilha, é importante analisar com cuidado a carteira de clientes, o histórico do caixa da empresa, fatores sazonais e dados do mercado.
4 - Dê bastante atenção aos extratos bancários para não contabilizar como dinheiro em conta cheques devolvidos ou pagamentos não realizados.
A medida tem outra vantagem: só com acompanhamento detalhado das contas a receber é possível agilizar a cobrança dos clientes em atraso para minimizar a necessidade de capital de giro.
5 - Embora algumas empresas calculem o fluxo de caixa em períodos semanais, especialistas recomendam a apuração diária. "O período semanal pode esconder saldos negativos em determinados dias no decorrer da semana", diz o consultor Rosollem.
Fonte: Da Redação Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Comentários
Postar um comentário