Conhecer, Querer e Poder: uma expansão gradual em busca do Saber
Por André Dametto para o RH.com.br
Ciência, religião, arte, filosofia: são muitas as possibilidades de desenvolvermos nossa sabedoria, cada uma com a sua riqueza, sua verdade. Nesta diversidade, o homem tem a possibilidade de sempre encontrar alguma peça do seu quebra-cabeça interior, e assim abandonar a ignorância que causa os maus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Ignorar é não saber que algo existe, e muitas vezes, um algo melhor. E esta premissa nos leva a respeitar cada ser humano, pois é possível a qualquer pessoa, no seu tempo, passar a reconhecer um contexto mais expandido da realidade. Esta expansão, por sua vez, segue um caminho gradativo que passa pelo informar-se, depois pelo conhecer, em seguida o querer, e finalmente, pelo poder. O informar-se é um ato quase passivo de capturar fatos e dados com algum significado, sem necessariamente processá-los, compará-los, adequá-los. É o que fazemos no consumismo intelectual, muito semelhante ao afã do comprar mais. O conhecer já é mais elaborado, por ser o ato de processar informações, através da análise e síntese, feitas em um determinado contexto.
O querer é um propósito gerado a partir da motivação, visando atender a alguma necessidade. Para que haja este querer, é importante que tenha ocorrido primeiramente o (re)conhecimento de uma necessidade. Só podemos querer algo de verdade quando conhecemos o teor do conteúdo envolvido. Geralmente quando não fazemos algo dito necessário, é porque não queremos de verdade, e para tal, cabe se informar mais, analisar a situação e ver se é aquilo que queremos realmente. Finalmente, o poder é o conhecimento incorporado em seu estágio mais elevado, no qual se conhece um tema (o que fazer), se quer utilizar este conhecimento (por que fazer?), e assim buscar os meios necessários para tal (como fazer).
Nunca possuímos a total sabedoria para lidar com os desafios diários que surgem na vida. Entretanto, entendo que mais importante do que entender detalhadamente como fazer algo, é entender bem o porquê de se fazer este algo, ou seja, o sentido das coisas. Essa é a base para realmente se querer fazer qualquer coisa na Vida. Sendo assim, defronte os desafios que surgem, sejam eles pessoais ou profissionais, é recomendado acessar um nível suficiente de informações para gerar um conhecimento inicial, para estimular a geração da atitude de realmente querer lidar com estes desafios, e aí sim desenvolver as habilidades necessárias, os meios de aplicar o conhecimento. E este aprendizado é constante, pois sempre podemos conhecer, querer e poder em níveis mais refinados. Este é o caminho da sabedoria, traçado pelos verdadeiros mestres, que admitem que quanto mais sabem, menos sabem. Por isso mesmo, na expansão do saber, menos é mais, pois não precisamos de todas as informações e conhecimentos, mas dos adequados.
E na prática, o que tudo isto significa? Um termo recorrentemente utilizado nas empresas e escolas é acompetência, que aqui classifico como o arcabouço que integra os conhecimentos, as atitudes e as habilidades em um determinado tema. A competência Liderança, por exemplo, associa conhecimentos técnicos de Liderança Situacional, atitudes de altruísmo e habilidades de saber dar feedback. As competências são os recursos que as pessoas detêm para gerar resultados em suas vivências pessoais e profissionais. Resultado não alcançado é falta de competência para tal.
Sendo assim, para promover o alcance de melhores de resultados com equilíbrio, as pessoas necessitam desenvolver suas competências em determinado campo. Este desenvolvimento ocorre na sequência O QUÊPRECISO APRENDER -> POR QUE PRECISO APRENDER -> COMO POSSO APLICAR. E fica uma dica: se está difícil para você definir o que quer, deixe claro inicialmente o que não quer. Daí para definição de um objetivo e iniciar o processo de desenvolvimento de competências é um pulo.
Minhas experiências mostram que as melhores formas de desenvolver o que fazer são aquelas em que há transferência de informações, de preferência por um líder (ou mestre) realmente comprometido para um colaborador (ou discípulo) realmente disposto a aprender. Dentre as formas de transferir informação e gerar conhecimento inicial em um tema, destacam-se as bibliografias, as palestras e os diagnósticos que expõem o problema existente e um caminho de ação para resolvê-lo. Para desenvolver o porquê fazer, é importante um equilíbrio entre a exposição do líder e o entendimento do liderado, o qual é melhor obtido por ações de desenvolvimento, como os treinamentos, o mentoring e a comunicação direta do dia a dia.
A verdadeira importância de um treinamento não é transmitir ao treinando como fazer, mas sim o quê e por que fazer. O "como" as pessoas mesmas buscam, ou melhor, criam, estimulando assim a espiral da inovação que faz pessoas e empresas evoluírem no seu dia a dia. Neste momento, o protagonismo das pessoas é fundamental, e para apoiá-las neste desenvolvimento dos métodos de como aplicar as novas habilidades, é importante que haja reuniões de troca de boas práticas, ou mesmo trabalhos de consultoria em que especialistas mostram na prática formas melhores de se alcançar um resultado, além dos trabalhos de coaching, em que o protagonismo do coachee é o ingrediente principal para o desenvolvimento de novas habilidades.
As empresas, as escolas e as universidades são fontes inesgotáveis de informações, porém a prática mostra que a responsabilidade integral deste movimento é de cada indivíduo. As intempéries do cotidiano tanto podem nos derrubar quanto nos alavancar, simplesmente nos colocando a seguinte questão: o que estamos fazendo é realmente o que queremos e devemos fazer? É por isso que os agentes externos podem nos incentivar a aprender e gerar melhores resultados, mas cabe a cada indivíduo informar-se sobre o que quer, motivar-se, para assim, e somente assim, desenvolver os meios para gerar melhores resultados.
O que fazer, por que fazer ou como fazer - qual é a sua dúvida? Desenvolver-se na etapa certa vai tornar otimizar a conquista do seu objetivo. Enriqueça com equilíbrio!
Por André Dametto para o RH.com.br
Ciência, religião, arte, filosofia: são muitas as possibilidades de desenvolvermos nossa sabedoria, cada uma com a sua riqueza, sua verdade. Nesta diversidade, o homem tem a possibilidade de sempre encontrar alguma peça do seu quebra-cabeça interior, e assim abandonar a ignorância que causa os maus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Ignorar é não saber que algo existe, e muitas vezes, um algo melhor. E esta premissa nos leva a respeitar cada ser humano, pois é possível a qualquer pessoa, no seu tempo, passar a reconhecer um contexto mais expandido da realidade. Esta expansão, por sua vez, segue um caminho gradativo que passa pelo informar-se, depois pelo conhecer, em seguida o querer, e finalmente, pelo poder. O informar-se é um ato quase passivo de capturar fatos e dados com algum significado, sem necessariamente processá-los, compará-los, adequá-los. É o que fazemos no consumismo intelectual, muito semelhante ao afã do comprar mais. O conhecer já é mais elaborado, por ser o ato de processar informações, através da análise e síntese, feitas em um determinado contexto.
O querer é um propósito gerado a partir da motivação, visando atender a alguma necessidade. Para que haja este querer, é importante que tenha ocorrido primeiramente o (re)conhecimento de uma necessidade. Só podemos querer algo de verdade quando conhecemos o teor do conteúdo envolvido. Geralmente quando não fazemos algo dito necessário, é porque não queremos de verdade, e para tal, cabe se informar mais, analisar a situação e ver se é aquilo que queremos realmente. Finalmente, o poder é o conhecimento incorporado em seu estágio mais elevado, no qual se conhece um tema (o que fazer), se quer utilizar este conhecimento (por que fazer?), e assim buscar os meios necessários para tal (como fazer).
Nunca possuímos a total sabedoria para lidar com os desafios diários que surgem na vida. Entretanto, entendo que mais importante do que entender detalhadamente como fazer algo, é entender bem o porquê de se fazer este algo, ou seja, o sentido das coisas. Essa é a base para realmente se querer fazer qualquer coisa na Vida. Sendo assim, defronte os desafios que surgem, sejam eles pessoais ou profissionais, é recomendado acessar um nível suficiente de informações para gerar um conhecimento inicial, para estimular a geração da atitude de realmente querer lidar com estes desafios, e aí sim desenvolver as habilidades necessárias, os meios de aplicar o conhecimento. E este aprendizado é constante, pois sempre podemos conhecer, querer e poder em níveis mais refinados. Este é o caminho da sabedoria, traçado pelos verdadeiros mestres, que admitem que quanto mais sabem, menos sabem. Por isso mesmo, na expansão do saber, menos é mais, pois não precisamos de todas as informações e conhecimentos, mas dos adequados.
E na prática, o que tudo isto significa? Um termo recorrentemente utilizado nas empresas e escolas é acompetência, que aqui classifico como o arcabouço que integra os conhecimentos, as atitudes e as habilidades em um determinado tema. A competência Liderança, por exemplo, associa conhecimentos técnicos de Liderança Situacional, atitudes de altruísmo e habilidades de saber dar feedback. As competências são os recursos que as pessoas detêm para gerar resultados em suas vivências pessoais e profissionais. Resultado não alcançado é falta de competência para tal.
Sendo assim, para promover o alcance de melhores de resultados com equilíbrio, as pessoas necessitam desenvolver suas competências em determinado campo. Este desenvolvimento ocorre na sequência O QUÊPRECISO APRENDER -> POR QUE PRECISO APRENDER -> COMO POSSO APLICAR. E fica uma dica: se está difícil para você definir o que quer, deixe claro inicialmente o que não quer. Daí para definição de um objetivo e iniciar o processo de desenvolvimento de competências é um pulo.
Minhas experiências mostram que as melhores formas de desenvolver o que fazer são aquelas em que há transferência de informações, de preferência por um líder (ou mestre) realmente comprometido para um colaborador (ou discípulo) realmente disposto a aprender. Dentre as formas de transferir informação e gerar conhecimento inicial em um tema, destacam-se as bibliografias, as palestras e os diagnósticos que expõem o problema existente e um caminho de ação para resolvê-lo. Para desenvolver o porquê fazer, é importante um equilíbrio entre a exposição do líder e o entendimento do liderado, o qual é melhor obtido por ações de desenvolvimento, como os treinamentos, o mentoring e a comunicação direta do dia a dia.
A verdadeira importância de um treinamento não é transmitir ao treinando como fazer, mas sim o quê e por que fazer. O "como" as pessoas mesmas buscam, ou melhor, criam, estimulando assim a espiral da inovação que faz pessoas e empresas evoluírem no seu dia a dia. Neste momento, o protagonismo das pessoas é fundamental, e para apoiá-las neste desenvolvimento dos métodos de como aplicar as novas habilidades, é importante que haja reuniões de troca de boas práticas, ou mesmo trabalhos de consultoria em que especialistas mostram na prática formas melhores de se alcançar um resultado, além dos trabalhos de coaching, em que o protagonismo do coachee é o ingrediente principal para o desenvolvimento de novas habilidades.
As empresas, as escolas e as universidades são fontes inesgotáveis de informações, porém a prática mostra que a responsabilidade integral deste movimento é de cada indivíduo. As intempéries do cotidiano tanto podem nos derrubar quanto nos alavancar, simplesmente nos colocando a seguinte questão: o que estamos fazendo é realmente o que queremos e devemos fazer? É por isso que os agentes externos podem nos incentivar a aprender e gerar melhores resultados, mas cabe a cada indivíduo informar-se sobre o que quer, motivar-se, para assim, e somente assim, desenvolver os meios para gerar melhores resultados.
O que fazer, por que fazer ou como fazer - qual é a sua dúvida? Desenvolver-se na etapa certa vai tornar otimizar a conquista do seu objetivo. Enriqueça com equilíbrio!
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